É já em plena época de reprodução que se começam a avistar as primeiras crias, e as aves de rapina nocturnas não são excepção. Os juvenis destas têm por hábito tentar sair do seu ninho, mesmo antes de saberem voar. Uma das razões que poderá levar a este comportamento é o facto das crias de aves de rapina nocturnas nascerem com 1 a 4 dias de diferença entre elas (eclosão assíncrona), o que faz com que as mais velhas estejam preparadas mais cedo do que as mais novas para abandonarem o ninho. Quando isso acontece, por vezes, as crias mais novas tentam imitar as mais velhas, mas como ainda não têm plenas capacidades de voo – as penas de voo não se encontram completamente desenvolvidas – acabam por cair do ninho.
Quando um juvenil de ave de rapina nocturna se encontra no chão, não significa que esteja abandonado pelos progenitores, porque, mesmo assim, continua a ser alimentado por estes. Assim sendo, caso encontre um juvenil no chão, se em redor não houver perigos iminentes (p.e.: estradas e animais domésticos nas proximidades), o ideal será deixar a ave exactamente onde ela se encontra, ou poderá tentar colocá-la de volta no ninho, caso saiba exactamente onde é.
Se considerar que a ave poderá estar debilitada ou em perigo, deverá contactar o SEPNA/GNR para que a possam levar para o Centro de Recuperação mais próximo. Em circunstância alguma tente mantê-la e/ou alimentá-la em casa. Não se esqueça que as crias estarão sempre melhor junto dos progenitores e no seu habitat natural.