Mesmo sem serem tratadas em centros de recuperação, algumas aves podem sobreviver com lesões, compensando algumas limitações derivadas das mesmas, com a maior utilização de outros sentidos ou recorrendo a técnicas que vão desenvolvendo em função das necessidades, principalmente ao nível da obtenção de alimento. Existem situações documentadas de aves de rapina nocturnas que sobrevivem, na Natureza, apenas com um olho viável, ou com membros fracturados, os quais, embora recuperados de forma imperfeita, continuam, todavia, a manter as suas funções.
Foto 1. Coruja-das-torres, Tyto alba – Ave aparentemente subnutrida e desidratada, como se pode observar pela proeminência da quilha e conformação das penas escapulares.
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Foto 2. Coruja-das-torres, Tyto alba – deformação angular do tarso-metatarso que provavelmente se deveu a uma fractura que cicatrizou com mau alinhamento.
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Foto 3. Coruja-das-torres, Tyto alba – Catarata (perda de integridade do cristalino) do olho direito.
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Foto 4. Coruja-das-torres, Tyto alba – Parasitismo por carraças (tem mais implicações na condição geral do animal – anemia ou transmissão de doenças – do que na capacidade ocular).
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Foto 5. Coruja-das-torres, Tyto alba – Conjuntivite purulenta do olho direito – esta lesão poderá posteriormente originar o aparecimento de cataratas e sinéquias (aderências entre o cristalino, a íris e a córnea).
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Foto 6. Mocho-galego, Athene noctua – Sinéquia do olho esquerdo – após um trauma ocular, a íris reorganizou-se e formou uma cicatriz aderente à cornea.
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Foto 7. Mocho-galego, Athene noctua – Sinéquia do olho direito – dada a pequena extensão, a acuidade visual poderá ficar apenas parcialmente afectada.
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Foto 8. Coruja-do-nabal, Asio flammeus – Descoloração da câmara anterior do olho esquerdo – pode tratar-se de um hematoma em reabsorção ou uma alteração da pigmentação da íris, por variados motivos.
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Foto 9. Bufo-pequeno, Asio otus – Sinéquia e catarata no olho direito – uma consequência frequente de traumas oculares e que se traduz numa perda total da capacidade visual neste olho.
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Foto 10. Mocho-galego, Athene noctua – Parasitismo por carraças (tem mais implicações na condição geral do animal – anemia ou transmissão de doenças – do que na capacidade ocular).
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Foto 11. Coruja-do-nabal, Asio flammeus – Possível lesão intracraniana, que danifica a capacidade de o olho reagir a alterações de luminosidade e adaptar-se aos planos de focagem. A íris e o cristalino estarão paralisados por um dano neurológico.
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Foto 12. Coruja-das-torres, Tyto alba – (Possível) amputação do segundo dedo da pata esquerda. Estas lesões podem ocorrer por corte ou forte compressão acidental dos dedos, e em juvenis no ninho, se algum material deste se enrolar na pata ou dedo, causando corte da circulação sanguínea na extremidade. Fotografia: ©2015 Rui Pereira.
STRI - Rapinas Nocturnas de Portugal 