Os dedos e garras são as principais armas de que uma ave de rapina nocturna dispõe e são essenciais para a obtenção de alimento. A maior parte das espécies apresenta patas e dedos robustos e revestidos por penas, o que contribui para minimizar perda de calor, principalmente durante as longas esperas nocturnas, por vezes sob temperaturas muito baixas. A parte inferior dos dedos tem pele rugosa, com numerosas papilas, concorrendo, assim, para uma maior capacidade de agarrar a presa.
As garras são muito afiadas e longas, facto que associado à potência conferida pelas pernas, relativamente curtas e robustas, com excepção das da coruja-das-torres, torna os membros posteriores extremamente eficazes, no momento da captura das presas, causando, geralmente, a morte de forma instantânea.

Tal como a maioria das aves, as rapinas nocturnas apresentam 4 dedos (ou dígitos) em cada pata. No que diz respeito à estrutura das patas, são consideradas Zigodáctilas, porque apresentam dois dedos para a frente (dedos II e III) e dois para trás (dedos I, ou hallux, e IV), ao contrário, por exemplo, da maior parte das aves de rapina diurnas ou dos passeriformes. No entanto, à semelhança de outros zigodáctilos, como a águia-pesqueira, têm a extraordinária capacidade de também movimentarem o dedo IV para a frente, quando necessário.
Uma interessante particularidade é a rugosidade de uma das garras, que se encontra, facilmente, por exemplo, na coruja-das-torres e que é utilizada no arranjo e re-organização da plumagem, durante o preening, contribuindo assim para um voo silencioso e eficaz, essencial para a caça.