Algumas espécies de aves de rapina nocturnas encontram-se bastante associadas a ecossistemas agrícolas. Uma das razões para se associarem a este habitat humanizado é a disponibilidade alimentar, como micromamíferos, pequenas aves, insectos, anelídeos (minhocas), que, quando em excesso, poderão tornar-se uma praga para as diferentes culturas.
Assim, as aves de rapina nocturnas, como, por exemplo, a coruja-das-torres (Tyto alba), assumem um papel muito importante no apoio ao agricultor no combate a estas pragas.

A disponibilidade de locais para nidificar é outra das razões para algumas espécies de aves de rapina nocturnas se encontrarem associadas a áreas agrícolas, utilizando estruturas humanas como celeiros, edifícios agrícolas, sótãos, chaminés, entre outros locais que, com o abandono e/ou reconversão ao longo dos anos, foram-se tornando mais escassos.
A colocação de caixas-ninho para rapinas nocturnas poderá promover a continuidade destas espécies, nestes habitats, ou mesmo potenciar a nidificação de mais casais, aumentando assim o número de predadores de topo que poderão auxiliar os agricultores através de um controle natural e não dispendioso, em alternativa à utilização de pesticidas.