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Um espaço onde os mais novos vão poder descobrir todos os segredos relacionados com as corujas e os mochos.

Qualquer dúvida que queiras ver esclarecida sobre as rapinas nocturnas, envia-nos uma mensagem através do correio electrónico. Teremos todo o prazer em tentar ajudar-te!

Contacta-nos: strirapinasnocturnas@gmail.com

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As corujas explicadas aos mais novos

Quem é que não se lembra da Hedwig, a coruja-das-neves que levava as cartas ao Harry Potter enquanto ele se preparava, em Hogwarts, para ser um grande Feiticeiro?

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Estas aves nocturnas não são apenas personagens de histórias (por muito boas que essas histórias sejam!), são seres vivos que necessitam da nossa compreensão, para melhor as podermos proteger! Corujas, mochos ou bufos? Qual a diferença entre uma coruja e, por exemplo, um mocho? Por que motivo têm nomes diferentes e não são todas estas aves chamadas corujas? Nós, em Portugal, separamos as espécies que existem no nosso país, e as outras também, com estes três nomes, mas, por exemplo, nos países de língua inglesa são todas chamadas owls, servindo este nome para designar todas as ‘corujas’ (juntamente com os ‘mochos’, no nosso caso). Como vêem, é só uma questão de atribuição de nome (terminologia). Reparem neste exemplo: o ‘nosso’ bufo-pequeno (bufo) é, em Inglaterra, chamado long-eared owl (traduzido à letra: coruja-d’orelhas-compridas). Mais uma vez, podem ver que é só uma questão de nome. Outro exemplo sobre a utilização dos nomes é o da coruja-do-nabal, que, apesar de pertencer ao mesmo género do bufo-pequeno (o género Asio) e ter igualmente uns  tufos auriculares, estes um pouco mais pequenos (as chamadas ‘falsas orelhas’ – outra das características que não é exclusiva dos mochos), é nomeada, em Portugal,  coruja e não bufo! Complicado?…

Não gostariam de ter a oportunidade de as ver a voar, durante a noite, sem fazerem nenhum barulho, tão silenciosas como a própria noite? Não é por magia que elas têm um voo tão silencioso, mas sim porque as suas penas possuem adaptações que fazem com que nem os ratitos se apercebam de que elas estão a chegar. Que sorte para os agricultores que, assim, se vêem livres desses ratitos, que lhes podiam destruir as culturas!

Sabias que as penas podem ser separadas por grupos? E que esta distinção, por zonas, é muito semelhante em todas as aves? É certo que nem todas as aves possuem um peito e uma garganta tão esplendorosos como o pisco-de-peito-ruivo (ou, pelo menos, tão evidentes)… e algumas terão, garantidamente, uma certa inveja das ‘orelhas‘ do bufo-real! Mas, em muitos outros destes grupos de penas, este destaque é semelhante (entre espécies diferentes) e evidente.

Para ficares a conhecer um pouco melhor as penas e os nomes destes grupos, o Gaspar vai dar-te uma ajuda e mostrar-te alguns.

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Legenda: 1: ventre; 2: álula; 3: barriga; 4: loros; 5: cauda; 6: mento + garganta; 7: coberturas infracaudais; 8: coberturas primárias; 9: coberturas médias; 10: grandes coberturas; 11: disco facial; 12: escapulares; 13: anel orbital/pálpebras (sup. e inf.); 14: flancos; 15: fronte + coroa; 16: pescoço-anterior; 17: manto; 18: nuca (e lados do pescoço); 19: tufos auriculares (falsas ‘orelhas’); 20: peito; 21: pequenas coberturas; 22: primárias; 23: secundárias; 24: terciárias; 25: supercílio.

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As corujas ouvem muito bem. Muitas destas aves apresentam uma diferença de tamanho entre os dois ouvidos, estando um deles localizado numa posição mais elevada do que o outro, o que as ajuda a “perceber” os sons de forma exemplar!

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Apesar de verem bem durante a noite, necessitam de alguma luz mas, no entanto, muito menos do que a que nós necessitamos para podermos ver alguma coisa na escuridão (sorte a delas, que assim podem caçar durante a noite!). As corujas vêem igualmente bem durante o dia e até conseguem perceber as cores! Têm olhos de grandes dimensões, e o facto destes terem pouca mobilidade não lhes compromete a boa visão, uma vez que estas aves podem girar a cabeça quase 360º (mas não te deixes enganar se te disserem que podem girar a cabeça completamente!).

Depois, ainda temos que falar sobre os seus cantos e chamamentos característicos, que muitas pessoas associam a um sinal de má sorte ou mau agoiro, e que são apenas a forma destas aves comunicarem entre si! De noite, não lhes servia de nada contar com cores vistosas e têm, por isso, que se fazer ouvir, se quiserem comunicar às outras aves as suas intenções… e, há que dizê-lo, não são tímidas nesta arte. Se ouvires uma coruja-do-mato a cantar, vais entender o que estamos a dizer!…

Ah, e não acredites se te disserem que estas aves bebem o azeite das lamparinas das igrejas e cemitérios, não passa de uma lenda! Estas aves são carnívoras e alimentam-se, dependendo do seu tamanho, de mamíferos (maioritariamente micromamíferos, como ratos e musaranhos), aves, anfíbios, répteis e insectos, e o azeite não entra na dieta delas!

Por falar em comida, as rapinas nocturnas não mastigam, comem as presas inteiras (por isso engolem ossos, espinhas, penas e pêlos!). Depois, as partes não digeridas são regurgitadas (saem pela boca/bico), sob a forma de uma bolinha, a que se chama egagrópila ou plumada. Muitas vezes, podemos encontrar essas egagrópilas junto aos poisos preferidos destas aves. Outra curiosidade interessante é que, estudando o conteúdo dessas bolinhas, é possível saber que espécies de animais existem em determinado local, o que é uma grande ajuda para os biólogos e os naturalistas!

oscarComo já te dissemos, são grandes auxiliares dos agricultores, fornecendo um controlo natural e sem custos às pessoas que, assim, se livram das pragas, sem terem que utilizar pesticidas! Ficamos todos a ganhar! Gostaríamos ainda de te lembrar que o lugar destas aves é  em liberdade, na Natureza, que é o lugar de todos os animais silvestres, e nunca numa gaiola, como animal de estimação! Foram feitas para voar, livres, para caçar e criar os seus filhotes nos nossos campos e bosques, aldeias e vilas, e é assim que deve ser! E só depende de nós todos que tal possa continuar a acontecer. Proteger os espaços naturais, onde estas aves vivem e caçam, os seus ninhos, para que não sejam destruídos ou perturbados pais e filhotes, e nunca pensar em ter nenhuma destas aves em cativeiro são boas formas de ajudar!

Prometes que te vais tornar num Protector das nossas Rapinas Nocturnas? Nós, e os mochos, os bufos e as corujas, contamos contigo! E se a tua turma apadrinhasse uma rapina nocturna?

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Alguns contos em que os protagonistas principais são as corujas e os mochos.

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Puzzles

Peça a peça, completa estas ilustrações.

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Adivinhas.

Vê se consegues responder a estas adivinhas.

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Gostamos de corujas! E gostamos de ver desenhos com corujas.  Assim, o que te sugerimos é que espreites algumas das nossas fotografias, escolhas a coruja ou o mocho de que mais gostas e faças um desenho, o que não é nada complicado… Já reparaste que uma bola com olhos e sobrancelhas parece um mocho? Nós conhecemos um, o Tobias, podes vê-lo, vaidoso, no alto da página, quase parece uma pequena meloa…

Envia-nos o teu trabalho para: strirapinasnocturnas@gmail.com e teremos muito gosto em juntá-lo à nossa colecção.

AQUI podes ver algumas das ilustrações que nos foram enviadas.